Há uns anos, por ocasião da vontade do ex-Ministro David Justino (vejam lá os anos que passaram!...) mudar o Calendário Escolar para a Educação de Infância (que, lamentavelmente, conseguiu, sem que se baseasse em estudos sérios e credíveis!), numa reunião sindical (que, vejam lá, tinha as "conclusões" definidas no início!), que reuniu mais de 400 educadores de infância no Institut Franco-Portuguais, em Lisboa, apresentei algumas propostas que saíam do "esperado": nomeadamente modelos e processos de "informação/divulgação" às famílias e "opinião pública" sobre os benefícios da Educação Pré-escolar, a desenvolver com base na estrutura sindical, nos "tempos" das famílias (aos fins-de-semana, em locais de concentração de público - centros comerciais -, etc.).
Como conclusão: depois de vaiado e ofendido, após "manipulação" tão bem orquestrada pelos "delegados sindicais" presentes, a "conclusão" do encontro foi: "manifestação e greve"...
Escusado será dizer que, no final da reunião, entreguei o meu cartão de sindicalizado...
Serve a presente para ajudar a refletir os "efeitos" da Greve Geral...
26 de novembro de 2011
22 de novembro de 2011
Não é "porquê lutar", mas sim "como lutar"!
Em vésperas de uma Greve Geral, que alegam os situacionistas, será apenas "uma de muitas", ocorre-me a ideia de que nós somos o fruto da nossa ignomínia.
E porquê?
De uma forma simples e rápida:
- fomos nós quem criou os BPN deste país.
- fomos nós quem permitiu a ascensão dos intrujões que nos têm trazido pela mão.
- fomos nós quem se ausentou para ir para a praia.
- fomos nós quem ignorou os avisos de quem foi "nosso amigo".
- fomos nós quem preferiu um cartão de crédito e uma estadia na República Dominicana a descobrir Portugal.
- fomos nós quem aplaudiu a inauguração de uma auto-estrada que nos levou mais rápido até à porta de casa.
- e fomos nós quem, apesar dos avisos, mantivemos a nossa douta certeza.
Mas ainda:
- somos nós quem continua a "assobiar para o lado".
- somos nós quem, dia após dia, culpa o vizinho do lado, sem nunca ter tido a coragem de lhe fazer frente.
- somos nós quem continua a dar umas "palmadinhas nas costas" ao corajoso que vai dizer ao Armando Vara o que todos sentimos mas não temos coragem de dizer.
- somos nós que achamos que a Educação "está mal", mas continuamos a fazer "porque sempre fizemos".
- somos nós que desacreditamos, ignobilmente, os que tentaram (e tentam!) mostrar uma outra forma de fazer.
- somos nós que continuamos a estacionar o carro em cima do passeio apesar de sabermos que esse ato é impeditivo de uma acessibilidade plena para alguns...
No fundo, somos nós o resultado de nós!
Mais palavras para quê?
E, já agora, não farei greve (como nunca fiz!) por principio.
E para aqueles que me possam acusar de "viver à custa do esforço dos outros", apenas direi: e os que, durante este tempo todo, viveram à "custa" do meu trabalho, dedicação, assiduidade, empenhamento e qualidade (reconhecida)?
Pois, é que eu, ao longo destes muitos anos profissionais, sempre "puxei" mais do que muitos dos que me rodearam. E se a coisa está, agora, preta, que se tivessem lembrado que, um dia, chegaria a sua vez...
E porquê?
De uma forma simples e rápida:
- fomos nós quem criou os BPN deste país.
- fomos nós quem permitiu a ascensão dos intrujões que nos têm trazido pela mão.
- fomos nós quem se ausentou para ir para a praia.
- fomos nós quem ignorou os avisos de quem foi "nosso amigo".
- fomos nós quem preferiu um cartão de crédito e uma estadia na República Dominicana a descobrir Portugal.
- fomos nós quem aplaudiu a inauguração de uma auto-estrada que nos levou mais rápido até à porta de casa.
- e fomos nós quem, apesar dos avisos, mantivemos a nossa douta certeza.
Mas ainda:
- somos nós quem continua a "assobiar para o lado".
- somos nós quem, dia após dia, culpa o vizinho do lado, sem nunca ter tido a coragem de lhe fazer frente.
- somos nós quem continua a dar umas "palmadinhas nas costas" ao corajoso que vai dizer ao Armando Vara o que todos sentimos mas não temos coragem de dizer.
- somos nós que achamos que a Educação "está mal", mas continuamos a fazer "porque sempre fizemos".
- somos nós que desacreditamos, ignobilmente, os que tentaram (e tentam!) mostrar uma outra forma de fazer.
- somos nós que continuamos a estacionar o carro em cima do passeio apesar de sabermos que esse ato é impeditivo de uma acessibilidade plena para alguns...
No fundo, somos nós o resultado de nós!
Mais palavras para quê?
E, já agora, não farei greve (como nunca fiz!) por principio.
E para aqueles que me possam acusar de "viver à custa do esforço dos outros", apenas direi: e os que, durante este tempo todo, viveram à "custa" do meu trabalho, dedicação, assiduidade, empenhamento e qualidade (reconhecida)?
Pois, é que eu, ao longo destes muitos anos profissionais, sempre "puxei" mais do que muitos dos que me rodearam. E se a coisa está, agora, preta, que se tivessem lembrado que, um dia, chegaria a sua vez...
14 de novembro de 2011
O fim da linha...
Este espaço é (pelo menos tem sido!), uma espécie de Muro das Lamentações pessoal onde, por vezes, se cruzam outras perspetivas, onde, por vezes, acontece como que uma espécie de "revelação" após o exercício de organização mental pela escrita...
Às vezes, tem ajudado.
Mas hoje a confusão, a dúvida, a incerteza, o desespero e o sentimento de "fim da linha" parecem-me fortes de mais para serem vencidos apenas pelo exercício expurgatório da escrita...
Estou farto disto!
Desisto!
Desisto,
não da produção de reflexões...
não de estar...
não de ser...
Apenas de tentar que o mundo seja um local melhor. Ou, pelo menos, na perspetiva dos que ajem nesse sentido.
Sempre acreditei que amar é muito melhor do que odiar.
Hoje não tenho tanta certeza.
Mas, decerto, virão dias melhores.
Às vezes, tem ajudado.
Mas hoje a confusão, a dúvida, a incerteza, o desespero e o sentimento de "fim da linha" parecem-me fortes de mais para serem vencidos apenas pelo exercício expurgatório da escrita...
Estou farto disto!
Desisto!
Desisto,
não da produção de reflexões...
não de estar...
não de ser...
Apenas de tentar que o mundo seja um local melhor. Ou, pelo menos, na perspetiva dos que ajem nesse sentido.
Sempre acreditei que amar é muito melhor do que odiar.
Hoje não tenho tanta certeza.
Mas, decerto, virão dias melhores.
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