Desde há cerca de dois meses que temos vivido numa espécie de dúvida permanente sobre as nossas reais capacidades e competências.
Primeiro, mudámos (mudaram-no!) de primeiro-ministro, tendo o exmo. sr. Presidente da República afirmado que estaria vigilante e atento.
Depois, o mesmo Governo que estava sob vigilância cerrada começou por divulgar um conjunto de iniciativas absolutamente únicas, a saber: continuação do processo de concurso de docentes tal como teria sido desenhado anteriormente; introdução de diferenciação no sistema de taxas moderadoras hospitalares; continuação do destacamento da GNR no Iraque por mais uns meses; introdução de portagens pagas em estradas de regiões em que essas mesmas estradas são únicas; aumento concertado dos preços dos transportes públicos, associando-os ao aumento do preço do petróleo; substituição de vários conselhos de administração de empresas públicas (CGD, EDP, TAP, etc, etc...); afirmação, pelo sr. ministro das finanças, de que a administração do país era igual à de uma "família" (sic!)...
Bem, é de facto verdade que os portugueses são mesmo os campeões europeus. São os campeões da indiferença, da inoperacionalidade, da despreocupação, do desinteresse, do "é culpa do outro", da incompetência!
Se não é verdade, porque é que ainda não fomos todos para a rua exigir ser tratados como pessoas de bem, preocupadas, atentas e informadas?
Porque é que permitimos que, em finais de Setembro se continue a adiar o início do ano lectivo, quando sabemos que qualquer nação só evolui, efectivamente, quando faz a aposta na Educação de qualidade (vide Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, etc.).
Será por isso, por não nos manifestarmos (e manifestação não é sinónimo de arruada!), que continuamos a ser o último da lista. Se calhar chegou a altura de mudarmos de opinião e de comportammento.
Parafraseando o Edson Atayde: "A culpa não é de Portugal, é dos portugueses!"
26 de setembro de 2004
17 de setembro de 2004
Há tanto que fazer....
Hoje inauguro-me neste espaço de reflexão, de fazer opinião, de produzir ideias para compreender o Mundo e as relações entre todos nós.
Hoje estreio-me também neste espaço de partilha e de conjunto, no qual o que cada um de nós pensa, sabe ou quer, é apenas uma pequena gota, invisível, naquilo que a humanidade pensa, sabe ou quer, mas do qual, contudo, não temos consciência.
Ao longo dos dias (ou noites!) que tenha disponíveis, escreverei, opinarei, reflectirei em vários temas, vários assuntos e, sobretudo, várias opiniões que me cheguem e que me façam reagir.
Este é também um convite a que todos vós, os que tenham paciência e algum tempo, possam provocar reacções, quer sejam as minhas, quer sejam as de terceiros, que, dessa forma se juntem a nós.
Participa, envia uma opinião.
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Ao longo dos dias (ou noites!) que tenha disponíveis, escreverei, opinarei, reflectirei em vários temas, vários assuntos e, sobretudo, várias opiniões que me cheguem e que me façam reagir.
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