Pois então cá chegámos.
Tal como se previa, a onda reformadora e, quiçá, destruidora, qual tsunami, chegou à "nossa" costa.
Como já explanei em anteriores mensagens, sou, de facto, defensor de uma Avaliação eficiente, integrada, realista e que devolva as competências e o mérito à nossa função profissional.
Concordo, em absoluto, com todos os processos de avaliação efectiva que tenham como intenção melhorar e capacitar os sistemas, sejam eles quais forem.
Contudo, no que diz respeito a este procedimento que agora assistimos, há algunma dúvidas que se me levantam, e para as quais não consegui, ainda, vislumbrar soluções.
A ver: Por um lado, o processo, datado e "obrigatório" é, de todo, impossível de cumprir.
As datas apresentadas são catastróficas e não auguram nada de bom. Produzirão, estou em crer, algumas atrocidades e mais que tudo, processos persecutórios, ou pior, levarão a incongruências e "deslizes" incapazes de serem repostos.
Por outro lado, o próprio processo designado enferma de algumas "falhas técnicas" que urge reflectir. Por exemplo: se um docente, na sua avaliação, obtiver o grau de Muito Bom ou Excelente, e sabendo nós, que, na realidade esse resultado se deverá, em parte (cerca de 50%) à sua avaliação feita pelo Coordenador e se este, sequencialmente, ao ser avaliado, obtiver uma avaliação de Regular ou Insuficiente, sendo que esta resulta, maioritariamente, se for o caso, da avaliação "realizada pelos docentes do correspondente departamento" (ponto 6 do Artº 29º do Dec. Regulamentar nº2/2008 de 10 de Janeiro), como ficamos?
Será séria a avaliação do docente pelo seu Coordenador?
E como é que este, estando envolvido nas suas próprias actividades lectivas, poderá, efectivamente, avaliar o desempenho de outrém, que, muitas vezes, nem tempo tem para o "conhecer" pedagogicamente nos parcos momentos em que partilham espaços?
Espero, sinceramente, que existam respostas felizes para estas e outras questões que se me levantam.
A ver vamos....
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