Há dias assim!
Há dias em que apetece viajar para longe, emigrar, ir à Lua ou pura e simplesmente desaparecer. E, no que me diz respeito, estes dias demoram a chegar. Mas quando chegam...
Envolvidos que estamos num turbilhão de opiniões, acções, ideias, sugestões, grelhas e avaliações, sobra-nos pouco tempo (ou nenhum!) para as coisas realmente importantes.
Tenho sentido, ultimamente, que quem paga a factura têm sido os meus alunos.
Têm pago uma factura demasiado alta. E apesar de eu, por princípio, nunca faltar, tem havido momentos em que eu não estou.
Não estou porque estou a pensar no que fizeram à educação. Não estou porque não consigo deixar de me envolver em outras reflexões. Não estou porque, além da coisa mais importante para mim (estar com os meus alunos e dar-lhes um bocadinho de mim a cada minuto), também me é importante reflectir a educação de uma forma mais global e geral.
Claro que me interessa reflectir, discutir, criar e avaliar (todos) os processos da Educação. E claro que me interessa (muito) participar activamente na minha Avaliação (aproveito para dizer que acho até que é o mais fundamental), mas não posso de exasperar com o que tem acontecido.
E o que tem acontecido?
Muitas coisas, e quase todas não muito boas.
Reflexões inúteis e espúrias, pessoas a exacerbarem as suas funções e aptidões, sistemas inadequados e, infelizmente, muito pouca clareza de raciocínio.
O que estamos a fazer à Educação?
Tenho pena. Tenho muita pena.
O que me parece é que há como que uma tentativa de fazer mal de forma consciente e propositada. E, sinceramente não sei quem possa ganhar com isso!
Mas pode ser apenas uma má interpretação minha. Espero que sim!
22 de outubro de 2008
5 de outubro de 2008
Dia do(s) Professor(es)...
Neste nosso burgo, há como que uma coincidência muito feliz: o Dia do Professor é o mesmo do Dia da Implantação da República.
Não estivessemos nós em constante aflição e desespero, até poderiamos achar esta coincidência como uma espécie de "sinal dos céus"...
Hoje, ao ouvir o nosso Presidente da República a proferir o seu discurso de celebração(?) da implantação da República, e a páginas tantas, quando ele referia a "necessidade de excelência na Educação, como forma de (...) preparar o futuro", pus-me a pensar o que é que nós, professores, deveríamos fazer para cumprir escrupulosamente essa intenção.
E por mais voltas que tenha dado, só me lembrei de algumas coisas que não deveríamos fazer. A saber:
1. Não desvalorizar a nossa competência técnica e pedagógica, com comportamentos seguidistas;
2. Não facilitar a vontade do ME de apresentar resultados magníficos dos alunos (nomeadamente não permitindo que os momentos de avaliação externa produzam resultados "fantasma");
3. Não compactuar com irregularidades sérias e manifestarmo-nos contra elas nos momentos indicados (Conselhos Pedagógicos, Assembleias de Escola/Conselhos Gerais Transitórios, etc.);
4. Não baixar os braços e achar que "isso é só para os outros";
5. Não entrar em "cavalarias" mas também evitar o descontrole, nomeadamente através da produção de mais burocracia na Escola (estamos sempre a acusar o executivo de transformar o processo de avaliação em mais trabalho burocrático para os professores, mas esquecemo-nos que somos nós que o estamos a produzir...);
6. Não nos ausentarmos da possibilidade de escolher outro caminho (designadamente, votando e apresentando listas e ideias que defendemos);
7. Não acharmos que "Não há nada a fazer!", pois há, e é possível fazer;
8. Não deixarmos passar a oportunidade de mostrarmos que o que fazemos, fazemos bem e é meritório (nomeadamente divulgando, de forma clara, a qualidade do que fazemos);
9. Não desistirmos e;
10. acima de tudo, Não estragarmos o que fizemos bem!
Apesar de parecer negativista, tal a repetição da negativa, acreditem que esta pretende ser uma mensagem positiva, pois eu Acredito!
Bom Dia do Professor!
Não estivessemos nós em constante aflição e desespero, até poderiamos achar esta coincidência como uma espécie de "sinal dos céus"...
Hoje, ao ouvir o nosso Presidente da República a proferir o seu discurso de celebração(?) da implantação da República, e a páginas tantas, quando ele referia a "necessidade de excelência na Educação, como forma de (...) preparar o futuro", pus-me a pensar o que é que nós, professores, deveríamos fazer para cumprir escrupulosamente essa intenção.
E por mais voltas que tenha dado, só me lembrei de algumas coisas que não deveríamos fazer. A saber:
1. Não desvalorizar a nossa competência técnica e pedagógica, com comportamentos seguidistas;
2. Não facilitar a vontade do ME de apresentar resultados magníficos dos alunos (nomeadamente não permitindo que os momentos de avaliação externa produzam resultados "fantasma");
3. Não compactuar com irregularidades sérias e manifestarmo-nos contra elas nos momentos indicados (Conselhos Pedagógicos, Assembleias de Escola/Conselhos Gerais Transitórios, etc.);
4. Não baixar os braços e achar que "isso é só para os outros";
5. Não entrar em "cavalarias" mas também evitar o descontrole, nomeadamente através da produção de mais burocracia na Escola (estamos sempre a acusar o executivo de transformar o processo de avaliação em mais trabalho burocrático para os professores, mas esquecemo-nos que somos nós que o estamos a produzir...);
6. Não nos ausentarmos da possibilidade de escolher outro caminho (designadamente, votando e apresentando listas e ideias que defendemos);
7. Não acharmos que "Não há nada a fazer!", pois há, e é possível fazer;
8. Não deixarmos passar a oportunidade de mostrarmos que o que fazemos, fazemos bem e é meritório (nomeadamente divulgando, de forma clara, a qualidade do que fazemos);
9. Não desistirmos e;
10. acima de tudo, Não estragarmos o que fizemos bem!
Apesar de parecer negativista, tal a repetição da negativa, acreditem que esta pretende ser uma mensagem positiva, pois eu Acredito!
Bom Dia do Professor!
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