Apesar de, enquanto profissional de educação, ter sempre defendido a importância do brincar e da actividade lúdica como eixo central do desenvolvimento humano, este título, que agora apresento, não é, de todo, nem expressão nem a defesa da qualidade do país e da sua autonomia identitária.
Infelizmente, este título tem o seu quê de irónico, até por isso mesmo: por revelar um país triste e desorientado.
Passo a explicar:
- Em que outro país do mundo, que tenha, pelo menos duas montanhas de altura superior a 1000m é que existe apenas um Limpa-neves?
- Em que outro país do mundo (e há poucos) que tenha uma mancha florestal superior a 1/4 do seu território é que não existem meios adequados de combate a incêndios?
- Em que outro país do mundo, que se queira incluir no grupo dos "Em via de Desenvolvimento" ou "Desenvolvidos" é que, possuindo uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) três vezes maior do que o seu território continental é que tem, apenas, quatro cursos superiores sobre Ciências do Mar (e isto para não falar dos meios de vigilância e acção marítima)?
- Em que outro país do mundo é que os deputados da nação faltam que se desunham a sessões parlamentares, se aumentam anualmente e possuem ligações exclusivas com empresas e entidades sobre as quais legislam?
- Em que outro país do mundo é que a criação literária e cultural é mais taxada (impostos, rendas, etc.) do que actividade desportiva (ou pseudo-desportiva)?
- Em que outro país do mundo é que os espaços desportivos (de futebol, é claro!) excedem, quase em triplo, a oferta per capita do conjunto de todas as outras modalidades desportivas?
- Em que país do mundo é que o Presidente de uma Região Autónoma ofende a identidade nacional, quase todas as semanas, e nunca foi sancionado?
- Em que outro local do mundo é que os cidadãos se resignam com todas estas situações?
Estaremos satisfeitos?
Valia a pena pensar (também) nisto!
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