Numa época em que andamos (todos, sem exeção!) a falar (e a pensar) em crise, em problemas, em constrangimentos, não consigo perceber porque razão não tentamos, de forma clara, direta e definitiva, diminuir, consideravelmente, as dificuldades que nós próprios criamos.
Às vezes julgo que, de certa forma, andamos todos a brincar.
Andamos todos a fingir que "é melhor assim"!
Hoje, mais uma vez, testemunhei um desses exemplos.
Numa daquelas reuniões que sabemos serem desnecessárias, e apenas realizadas por uma espécie de "desejo inexplicado de poder dizer que não (ou que sim)" de quem as promove, estiveram quinze tristes figuras que se submetem a este exercício de "fingimento" profissional e no qual são compelidas a acreditar que estão a fazer algo sério e importante.
Mas pior ainda é quando, também induzidos por uma outra "vontade" estranha (mas muito real) de "mostrar trabalho", se põem a tentar concretizar efabulações documentais e bibliográficas, na forma de "mais documentos e fichas" que terão, provavelmente, uma função despicienda e até contranatura...
E gostam! E, apesar de, em outros fóruns e espaços proclamarem, alto e em bom som que "a educação está, cada vez mais, administrativa e menos pedagógica", acabam por, desta forma, torná-la ainda mais Kafkiana e desprezível.
Por favor: Parem!
Parem de fazer de conta que se preocupam e preiocupem-se mesmo!
O nosso futuro agradece.
Não é complicando que sairemos da crise em que nos metemos. É simplificando.
Precisamos de sair deste ciclo de baixa produtividade-burocracia-corrupção-baixa produtividade. A baixa produtividade e a burocracia estão, diretamente, nas nossas mãos evitar. A currupção também é possível, porque, "quando um não quer, dois não discutem!".
Sejamos honesto.
Mantenhamos o "discurso" próximo da ação e vice-versa.
E simplifiquemos: mais papéis não significam melhor competência nem melhoria da qualidade!
Sejamos sérios! Todos os dias!
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