13 de janeiro de 2012

Um novo ano, muitas dificuldades mas algumas certezas...

Hoje tenho andado a interrogar-me sobre o "porquê" das nossas decisões.
O desafio do Doutoramento foi, à partida, um desafio pessoal, aceite inquestionavelmente por ser (ou representar!), acima de tudo, um passo no caminho do conhecimento pessoal, social e cultural.
A escolha do tema mais geral (vulgo especialidade), a escolha da Universidade, a escolha das caraterísticas e condicionantes foi ditada pelo que admiti serem as que melhor me responderiam em termos pessoais e profissionais.
Não obstante as dúvidas, é claro que as certezas que advieram da reflexão permanente são suficientemente fortes para serem seguidas.
Mas, neste momento, questiono tudo.
Que país é este que, pura e simplesmente despreza o conhecimento, o esforço, o mérito?...
Que país é este em que, para se ter sucesso (pessoal, profissional, social...) é mais importante participar num programa de televisão de duvidosa qualidade do que investir nas suas competências pessoais e profissionais e lutar, diariamente, por "fazer a diferença", aumentando, de forma consciente, a qualidade palpável da sua praxis?
Que país é este que apela à imigração?
Questiono e duvido de tudo.
Para além do auto-prazer de investir no conhecimento, para que me servirá investir no conhecimento?
Se a resposta for: "Emigra!", peço-vos, desde já, desculpa, mas, por defeito de educação sempre acreditei que se muda fazendo. Dando o peito às balas...
Ficando.
Não fugindo!

2 comentários:

Ofélia disse...

Caro colega,
Questiono-me muitas vezes se valeu a pena o meu esforço, também num doutoramento. Aliás, tem-me trazido algumas dificuldades na vida dentro da escola.
Porém, o trabalho diário com as crianças acaba diariamente com as minhas dúvidas. Valeu a pena, tenho agora muito mais ferramentas para pensar em como as ajudar a crescer.
Ah! Eu rambém fico.
Bom ano!

carmita gil disse...

olá Henrique e Ofélia também eu este ano aceitei o desafio de iniciar o mestrado. Também me questiono se vale a pena... tantos sacrificios, tantas contrariedades, tantas incertezas, é verdade. Mas gosto de aprender, de conhecer e por isso, também eu fico e quero continuar a fazer o que gosto no caminho que segui. Força para conseguirmos.