Padre António Vieira
Por fim, o Fim.
O anunciado.
O esperado.
O nunca imaginado mas tantas vezes esperado.
O fim do Mundo?
O fim de tudo?
O Fim. Simplesmente o Fim.
Mas o fim é sempre o princípio. O Fim é o que nos mantém seguros e ansiosos.
O Fim delicia-nos, envolve-nos, comove-nos.
O Fim nunca é fácil. Mas é o fim!
Mas é também o início. O reinício. A manutenção, continuada e alterada. A justificação de um novo caminho. Que pode ser o mesmo...
Tantos fins foram anunciados, tantos mais foram vividos. Muitos ainda serão sentidos.
Todos eles são (ou foram!) necessários. Mas todos eles nos destabilizaram. Todos eles nos mudaram. Todos eles nos renovaram.
Eu não quero mudar-me. Não quero renovar-me. Não quero abandonar-me na ideia de que o reinício é diferente do caminho que caminhei.
Acredito, sinceramente, que os fins apenas se justificam se os caminhos que percorremos não nos servem. Não nos enchem. Não nos são dignos.
Não tenho, da minha vida, essa ideia.
De nada me arrependo. Nada devo. Refleti, constante e conscientemente, nas minhas escolhas.
Acreditei na bondade das minhas opções.
Mudei quando tive de mudar.
Mas não mudei sozinho.
Por fim, o Fim.
Que seja então um novo caminho para o próximo...
1 comentário:
Ao começo de um novo caminho para o próximo, então ... :)
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