Às vezes, achamos que "tudo está mal!".
Outras, julgamos que "está tudo contra nós!".
Na maior parte das vezes, fingimos acreditar que há como que uma "ordem geral" que define o nosso passado, age no nosso presente e condiciona o nosso futuro.
Mas, invariavelmente, acreditamos na "sorte" e no "acaso".
Porque em Educação o "acaso" e a "sorte" são conceitos pouco compreensíveis, perdemos bastante tempo a achar que "não nos é possível" fazer a mudança.
Mudar implica, antes de mais, acreditar. Acreditar que é possível.
Claro está que, para compreendermos a possibilidade de mudar temos de nos tornar proactivos e geradores da mudança. Das pequenas mudanças.
Saído recentemente de uma reunião de docentes, e apesar dos assuntos "escalpelizados", e das propostas de mudança, ficou-me nítida a sensação de que, para mudar, não basta querer. É necessário acreditar na mudança.
A atitude passiva, o discurso destrutivo ou desadequado, a opinião inconsequente, a reflexão oca são, infelizmente, "notas" importantes em reuniões de e com docentes.
Por mais que exista quem, de forma sincera, opte por uma atitude disruptiva e consequente com as suas práticas, tende-se a desvalorizar o benefício da mudança em nome de uma determinada "forma de fazer".
Até quando?
Até quando continuaremos a "fazer de conta" que o Bullying (por exemplo) ou a Indisciplina, ou a incapacidade de aprender não é só "culpa" dos outros?
Quando é que chegaremos à conclusão de que, enquanto docentes, somos também, de certa forma, culpados...
E não teremos de mudar?
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Das tuas palavras ficou-me:
"Mudar, acreditar.
Acreditar que é possível…
… tornar-nos proactivos e geradores da mudança. As pequenas mudanças.
… de forma sincera, optar por"
Como dizias, sempre que acreditamos, queremos e fazemos acontecer.
Então, talvez valesse a pena que todos e cada um reflectissem como continuamos a permitir-nos, por exemplo, estar horas e horas em reuniões em que nunca há o espaço de construção da mudança, concretizada em pequenos passos, como dizes.
Porque é em pequenas coisas que vamos aprendendo a sonhar e a construir…
E nesse processo empenhado, vivo, criativo, são essas pequenas mudanças que tornam os dias grandes, os projectos realizáveis, os recursos reinventados, as parcerias fortes e entrosadas…
E só desta forma todos, os que sonham e os que são usufrutuários desses sonhos, crescem e engrandecem na sua experiência humana e nas suas competências para uma vida realizada e plena.
Como tu, faço a pergunta: então porque não instalamos de vez as condições para que a mudança se instale?
Ana
Enviar um comentário