5 de junho de 2011

E agora?...

Pois é.
Há dias, dizia eu numa conversa informal com colegas, que a "mudança" esperada (em termos eleitorais) iria acontecer, com um resultado expressivo do PSD. Negaram-mo os meus amigos.
Que não iria acontecer, que o Pedro Passos Coelho não iria conseguir....
Eu estava convicto, apenas por uma razão: os portugueses, tendencialmente, são conservadores. Mas, apesar disso, decidiram (a esta hora é o que as previsões dizem) apostar num neoliberal para os guiar nos próximos tempos.
Acredito, sinceramente, que a maior vitória do Presidente do PSD é interna: os "barões" e os "instalados" não vão gostar.
Mas também acredito que vamos ver, mesmo, a mudança, quando os "boys" do PS forem substituídos pelos "boys" do PSD.
Antes da apresentação do programa eleitoral, foram muitas as afirmações do PSD "contra" os "inumeráveis institutos públicos, fundações e Direcções-gerais", e que "seriam fechados"...
No programa eleitoral, apenas uma referência à constituição de uma equipa que "fará a análise sobre os que possam ser pertinentes"...
Este é um exemplo da mudança que nos espera.
Tenho pena.
Mas, para que fique claro e que não haja dúvidas: eu não votei no PSD.
E, sinceramente, não acredito numa efectiva mudança com estas pessoas.
Mas, se tal for possível, serei dos primeiros a reconhecê-lo.
Parabéns aos vencedores. E porque precisam de todos nós: estarei disponível: no meu dia-a-dia, na minha prática pessoal e profissional, na minha atitude solidária e colectiva.
Façamos todos os mesmo!
O país precisa!

2 comentários:

Helena disse...

Mudança? Sim. Várias, aliás. As que estão no memorando de entendimento, um pormenorizado programa de governo, que retira direitos laborais, direitos sociais, qualidade de vida e que tem prazos apertadíssimos para ser cumprido e avaliado por um centro de avaliação e de decisão, que não está sequer em Lisboa, nem perto...

Quase apostaria que não demorará muito tempo e os cerca de 80% de votantes que sufragaram o programa da Troika e mais os 40% que nem acharam dever mexer-se para exprimir fosse o que fosse com o seu voto, compreenderem o que verdadeiramente foi aceite neste acto eleitoral. E depois? Que legitimidade terão para dizer NÃO?...

Liliana Lima disse...

Agora?!?!
"Enquanto houver estrada para andar a gente vai continuar, enquanto houver ventos e mar..."
;-)