Tenho assistido, amiúde, nas redes, nas "conversas de café", nos "ajuntamentos de ideias e reflexões" a uma crescente "vontade de derrubar o Governo".
Continuo a achar que o "nosso mal" não é uma questão de
"governo".
É uma questão de conhecimento. Se pensarmos bem, o(s)
governo(s) não são mais do que escolhas pessoais de uns quantos
"senhores das sombras", que, protegidos pelos fantoches que manipulam,
estão sempre "fora da confusão".
Experimentemos, em vez de "manifestações",
apelar ao boicote: às petrolíferas, às grandes superfícies, ao
"capital", organizando movimentos de cidadãos que "provoquem" brechas
nos rendimentos dessa gente, e, de certeza, veremos as coisas a mudar.
Vejamos o caso
da Islândia, em que o "povo saiu à rua", e "correu", literalmente
com os políticos e com o "capital" corrupto e, agora, lentamente, se
reergue, sem condicionamentos, sem amarras...
E até recusaram a pagar
dívidas que não são deles (das pessoas)...
Mostram-nos que é possível.
Não é uma questão de Passos, de Silvas, de Jardins, mas sim uma questão de Amorins, de Santos, de Salgados...
Quando quisermos abrir os olhos, acabaremos por ver que não é a "representação democrática", habilmente manipulada para que acreditemos que é uma nossa escolha, que define a nossa vida.
Se quisermos analisar os dados (e tão só os financeiros), basta olharmos para os valores (em dinheiro e "serviços") que, de ciclo em ciclo, se vão mudando de partidos políticos para (outros) partidos políticos...
Um exemplo concreto: em 2005, depois da primeira maioria do Governo PS, os média anunciavam "a falência" e as "dívidas do PSD". Em 2010 o PSD (que manteve o número de militantes), apresentou os maiores orçamentos eleitorais dos partidos candidatos a constituir governo. De onde veio o dinheiro? De investimentos em imobiliário? de "produção" de bens transácionaveis?, Não. Apenas de "entregas", em numerário, que, de uma forma inexplicável, "entraram" na S. Caetano à Lapa.
De onde vieram, se o País (e os portugueses) está em falência técnica?
Pensemos, pois.
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