Em momentos de ansiedade, vale a pena gritar. Este é o meu grito!
De que serve investir (e insistir!) numa Escola aberta, cooperante, integradora e inclusiva, quando aqueles que a constroem, dia após dia, são os que não permitem que estes adjectivos passem à realidade do verbo?
Para quando uma reflexão individual (mas com um sentido colectivo) sobre o que fazemos à nossa querida e amada Escola?
Para quando a assunção efectiva do nossos erros, omissões e incertezas como espaço e caminho de mudança?
Há tempos, numa crónica do brasileiro mais integrado que conheço (o Edson Athaíde), lia que "a culpa de Portugal são os portugueses", onde ele, numa muito divertida escrita, analisava, sem temor nem dó, algumas das mais reais dificuldades que sentimos diariamente. E o mais engraçado é que ele reflectia, e bem, que essas dificuldades se devem à nossa forma de pensar, de agir, de avaliar.
O nosso mesquinho individualismo, que se sente nas mais pequenas coisas, fazem, sem dúvida, a plena justificação da nossa inoperância e da nossa incapacidade de crescermos enquanto comunidade.
E por mais que possamos, todos ou só alguns, achar que "a culpa é dos outros", quem de nós não conduziu já em excesso de velocidade, ou não pegou no carro mesmo sabendo que, alcoolicamente, não estaria em condições de o fazer?
Ou, de forma mais simples, quem de nós ao passar por um qualquer sem-abrigo no centro da cidade, preferiu virar a cara como que a negar que a miséria existe?
São tantos, e ao mesmo tempo tão graves, os exemplos da nossa pouca (ou melhor, nenhuma) solidariedade nacional que, como muito bem diz o meu amigo Pedro "a hipócrita manifestação nacionalista em torno de uma bandeira, por ocasião de um qualquer campeonato de futebol, serve como a excepção que confirma a regra".
Eu, por mim, continuarei a ser um Ambientalista de algibeira.
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