12 de novembro de 2008

"Não queremos aulas de substituição"

O título deste "post" é quase uma parábola à Educação em Portugal, neste momento.
Lia-se num dos cartazes empunhados por um dos alunos que, claramente por sua própria iniciativa, se manifestava em frente a uma escola onde a Ministra se deslocou para mais uma das imensas festas que são convenientes em ano pré eleitoral.
Mas o notório da situação (e aquilo que nos terá de fazer parar para pensar) é mesmo o conteúdo da frase: "Não queremos aulas de substituição".
É assim que estamos.
Não queremos aulas de substituição, não queremos ser substituídos e, mais que tudo, não quermos que substituam nada!
Andamos há muito tempo por aqui a criticar o colega que falta desalmadamente, os alunos que, não tendo aulas por falta deste ou daquele colega acabam por fazer coisas que não devem (ou não deveriam), o facto de os nossos filhos, quando não têm aulas, não saberem aproveitar o tempo, e, a nossa incapacidade de "fazer alguma coisa". Mas se a tónica é: "façamos algo!", logo surge o cartaz: ""Não queremos aulas de substituição".
Pois é. O melhor é não substituirmos nada. Deixemos como está. Deixemos a escola aberta só até às 15.30h, deixemos a escola com buracos no chão e com água a escorrer pela parede e deixemos a escola sem material.
Depois falamos...

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