Não sei se será este o espaço mais adequado para expressar a minha indignação, mas como quero fazê-lo, talvez (pelo menos) me chegue informação sobre como o fazer de forma mais direccionada.
Bem, mas passando ao que interessa.
Sendo eu educador de Infância, formador PTE e investigador na área das tecnologias, não me reconheço nas "Metas de Aprendizagem" que, de certa forma, nos são "impostas" pelo ME.
Especificamente na chamada nova área de Tecnologias de Informação e da Comunicação.
Se atentarmos nas ditas "metas", o que se propõe é que uma criança saiba manipular alguns "instrumentos tecnológicos" assumindo, contudo, o computador o espaço central desta "manipulação".
Também no 1º ciclo se repetem, de certa forma, as "indicações" instrumentais.
Ora, se como temos vindo a observar (até para os menos atentos) uma constante e exponencial evolução no que concerne aos "instrumentos" digitais, não só no seu espaço "hardware", mas, fundamentalmente, no espaço de aplicativos e, acima de tudo, interfaces, custa-me um pouco, enquanto docente, formador e investigador, que as "Metas de Aprendizagem" não abram já a porta a um conjunto de outras dinâmicas que, penso eu, em breve se tornarão fundamentais.
As questões da virtualidade, os novos instrumentos tecnológicos postos à disposição (de entre muitos, destaco os telemóveis), as redes sociais e e a Web 2.0 no seu todo, as novas estruturas do conhecimento multimédia (TDT, GPS, etc.) e até as plataformas multiacesso de carácter mais lúdico (PSPs, Nintendos, Wii e outras) mereceriam, penso eu, um superior enfoque em termos de organização de objectivos/metas de aprendizagem.
Mais uma vez se perdeu a oportunidade de dar um passo em frente.
Será porque são sempre os mesmos a pensar?
Não quero acreditar nisso. Até porque a informação e a disseminação de práticas e investigação desenvolvidas em todo o mundo são cada vez mais evidentes...
Será que ainda vamos a tempo? ou é apenas mais uma "trabalho" de Hércules?
Fica aqui a minha indignação, já que não posso fazê-lo em mais lado nenhum...
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2 comentários:
foi apenas isso que conseguiu ver nas metas para a ára das TIC?
Apesar de não ser "apenas" o que escrevi que vi nas Metas de Aprendizagem, moveu-me, também, um outro espaço de conhecimento que, possivelmente, não se torna evidente no escrito: os (alguns) anos que tenho de docência, integrado em Departamentos constituídos por professores que, entre outras coisas, "provocaram" as evidências referidas na Resolução do Conselho de Ministros n.º 137/2007 (Plano Tecnológico da Educação): Observa -se um esforço significativo na formação de docentes e alunos, com a instituição de módulos de formação
em tecnologia para docentes (frequentados por mais de 30 000 docentes por ano) e a criação das disciplinas de introdução às TIC. Não obstante, a utilização de TIC por docentes e alunos é muito mais baixa que nos países da UE a 15, e o deficit de competências é ainda apontado como uma forte barreira à utilização
Por tal, apenas me orientou a vontade de referir que, também a (entre outras coisas) reflexão crítica sobre "Tecnologias" seria bem-vinda...
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